Renildo Lima, empresário e marido da deputada federal Helena Lima (MDB-RR), foi preso na segunda-feira (9) pela Polícia Federal com R$ 500 mil escondidos em sua cueca. Dono da Voare Táxi Aéreo, Lima foi detido ao lado de outros cinco envolvidos, incluindo dois policiais militares do Bope, sob suspeita de participar de um esquema de compra de votos e associação criminosa.

A operação, que resultou na prisão do grupo, faz parte de uma investigação que busca desmantelar uma rede de corrupção eleitoral. Os R$ 500 mil apreendidos levantam suspeitas de que seriam utilizados para influenciar o resultado das próximas eleições.

A empresa Voare, de propriedade de Renildo Lima e de sua filha Eduarda Lima, apresentou um crescimento significativo desde que Helena Lima foi eleita deputada federal, em 2022. A companhia, que atua no setor de táxi aéreo, fechou, no ano passado, um contrato de R$ 53,3 milhões com o governo federal, o segundo maior da sua história.

Em 2024, a Voare alcançou seu maior faturamento, ao assinar um contrato de R$ 211,5 milhões com o Ministério da Saúde, voltado para assistência médica aos povos indígenas Yanomami. O rápido crescimento da empresa desde a eleição de Helena Lima levanta questionamentos sobre possíveis favorecimentos.

Helena Lima, que utilizou o nome de urna “Helena da Asatur” em referência à Voare, entrou na política em 2022. Antes de se eleger, trabalhou na empresa de seu marido, Renildo Lima, de 2001 a 2022. Desde que assumiu o cargo de deputada federal, os contratos da Voare com o governo federal dispararam, levando a especulações sobre a influência de seu mandato nos negócios da família.

A investigação continua em andamento, com as autoridades buscando esclarecer as ligações entre o crescimento da empresa e o mandato de Helena Lima, além do envolvimento de seu marido em práticas ilegais.