Os acordos salariais firmados pelo governo Lula com 98,2% dos servidores públicos federais vão gerar um impacto significativo de R$ 16 bilhões no orçamento de 2025. Essa quantia resulta dos reajustes acordados para os anos de 2024, 2025 e 2026, além da correção de benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), os acordos foram concluídos após um extenso processo de negociação com 45 categorias do funcionalismo público. Os servidores receberão aumentos expressivos em benefícios: o auxílio-alimentação, por exemplo, passará de R$ 658 para R$ 1 mil; o auxílio-saúde aumentará de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio-creche será elevado de R$ 321 para R$ 484,90.
Esses ajustes visam a compensar a falta de reajustes em 2024 e a repor as perdas inflacionárias, resultando em um aumento real para os servidores. O impacto financeiro de R$ 16 bilhões será refletido no orçamento de 2025, demonstrando o peso das negociações para as finanças públicas nos próximos anos.
Apesar do sucesso geral das negociações, os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tesouro Nacional foram os únicos a não chegarem a um acordo com o governo, destacando um ponto de tensão que pode continuar a impactar o orçamento futuro caso não seja resolvido.
O governo já havia realizado, em 2023, um reajuste linear de 9% para todos os servidores do Executivo, cujo impacto de R$ 15,5 bilhões será sentido em 2024. Esses valores acumulados reforçam a necessidade de um planejamento orçamentário rigoroso para acomodar os novos custos sem comprometer a estabilidade fiscal.