Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
Campos Neto sobe o tom contra Lula e rebate críticas ao Banco Central
Últimas Notícias
Publicado em 04/07/2024

Durante o evento de lançamento do Plano Safra 2024/25, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, apresentou uma série de argumentos para rebater as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a política monetária e a manutenção da taxa básica de juros (Selic).

 

Campos Neto destacou que a decisão unânime de manter a Selic foi tomada por quatro conselheiros indicados pelo próprio Lula. Ele também relembrou o aumento significativo das taxas de juros ao longo de 2022, durante o mandato anterior, apontando que foi o maior aumento em ano eleitoral na história de qualquer país emergente.

 

 

Razões para a Manutenção da Selic

O presidente do BC atribuiu a manutenção das taxas de juros, após sete cortes consecutivos iniciados em agosto do ano anterior, a “ruídos” causados pelo desalinhamento entre dados fiscais e expectativas de melhoria econômica. Ele sublinhou a importância de corrigir essas expectativas e melhorar a comunicação para eliminar esses ruídos, enfatizando que a expectativa começou a se ancorar apesar dos dados atuais estarem alinhados com as previsões.

 

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada posteriormente, indicou que não há perspectiva de redução imediata da Selic devido ao cenário econômico adverso externo e à atividade econômica doméstica robusta. A ata reafirmou a necessidade de manter uma política fiscal crível para controlar a inflação.

 

 

Em um contexto econômico mais amplo, Campos Neto ressaltou a importância de estabilizar as expectativas de mercado e alinhar a comunicação do Banco Central com os dados econômicos reais. A postura da instituição visa proteger contra possíveis pressões inflacionárias, em um cenário global incerto e uma economia doméstica aquecida.

 

Divergências e Debate Político

A divergência entre as prioridades políticas do governo federal e a política monetária do Banco Central continuará gerando debates intensos nos próximos meses. Esses debates testarão a independência da autoridade monetária e sua capacidade de manter a estabilidade econômica a longo prazo.

 

 

Campos Neto enfatizou que, apesar das críticas e das pressões políticas, o BC deve continuar focado em sua missão de garantir a estabilidade econômica e controlar a inflação, mantendo uma política monetária alinhada com os dados econômicos e as expectativas de mercado.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!