Tensões aumentam na Universidade Federal do Tocantins (UFT) após alunos se posicionarem contrariamente à greve nacional decidida em assembleia. A manifestação dos estudantes incluiu a exibição de uma faixa no campus de Palmas com a inscrição: “Nós, alunos da UFT Campus Palmas, somos contra a greve. Engole o Choro e faz o L”, acompanhada por uma imagem provocativa do presidente Lula ao lado de um burro, conforme reportado pelo Portal Novo Norte.

A faixa gerou irritação imediata, incitando a ira de parte do corpo docente e tentativas de remoção por alunos militantes de esquerda, que foram barradas por outros estudantes favoráveis à continuação das atividades acadêmicas.

A decisão pela greve foi tomada após uma votação acirrada durante a assembleia no dia 23, com 82 votos a favor e 43 contra. Este resultado sublinha um cisma ideológico dentro da universidade, refletindo divergências profundas sobre a adesão à greve entre professores sindicalizados e não sindicalizados dos diversos campi, exceto Gurupi.

Detalhes da votação revelam que no campus de Arraias, a greve foi apoiada por 10 sindicalizados e 20 não sindicalizados, enquanto em Miracema, 4 sindicalizados e 7 não sindicalizados foram favoráveis. Em Palmas, a votação teve 22 votos a favor de sindicalizados contra 16 de não sindicalizados, e em Porto Nacional, foi aprovada com o apoio de 2 sindicalizados e 1 não sindicalizado.

A reitoria da UFT agora tem um prazo de 72 horas para formalizar a adesão à greve, um processo que exigirá a interrupção do calendário acadêmico oficial. Enquanto isso, a faixa controversa permanece como um símbolo tangível das tensões e do divisionismo que percorrem a comunidade acadêmica em um momento crítico de debate sobre políticas educacionais.