O governo parece erguer um muro de silêncio diante das graves acusações de Natália Schincariol contra Luís Cláudio, filho caçula de Lula, envolvendo agressões físicas e morais. Surpreendentemente, a situação tem sido subestimada, inclusive por setores da imprensa normalmente rigorosos com temas ligados à Lei Maria da Penha. Até agora, nenhuma palavra foi dita oficialmente – nem por ministros da Mulher, da Justiça, dos Direitos Humanos, nem pela própria Presidência ou primeira dama.
Enquanto isso, o Ministério da Justiça, já há 50 dias em uma situação complicada com fugitivos de Mossoró, optou por desviar o foco, delegando à Polícia Civil de São Paulo a responsabilidade por esclarecimentos.
Até a Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara, sob liderança da petista Ana Pimentel de Minas Gerais, optou pelo silêncio, evitando enfrentar a questão que clama por justiça.
Contrastando com o passado, quando em março de 2023, em Rondonópolis, Mato Grosso, Lula enfatizou que “homem que bate em mulher deve estar na cadeia”, parece que tal assertiva não se aplica quando o envolvido é seu próprio filho.
Apenas a Procuradoria Especial da Mulher do Senado, representada por Zenaide Maia (PSD-RN), manifestou solidariedade à vítima e prometeu acompanhamento do caso, embora sem anunciar medidas concretas.
A inação diante de um caso tão sério revela um preocupante jogo de conveniências, questionando o compromisso real com os direitos das mulheres e a justiça.