Em decisão unânime, a Justiça do Rio de Janeiro absolveu 23 pessoas acusadas de participação em atos violentos durante os protestos de 2013 e 2014, marcados pela presença de grupos black blocs. Essa decisão veio após uma apelação dos réus, que haviam sido condenados em primeira instância por crimes que incluíam formação de quadrilha e corrupção de menores.

Entre os absolvidos estão Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, que, apesar desta vitória jurídica, enfrentam outro julgamento relacionado à morte do cinegrafista Santiago Andrade, fato que repercutiu amplamente na mídia à época. O julgamento de Andrade culminou na absolvição de Barbosa e na condenação de Souza a 12 anos, uma sentença da qual ele recorre em liberdade.

O contexto dos protestos incluiu acusações graves, como a tentativa de incendiar a Câmara Municipal do Rio e a posse de artefatos explosivos. A investigação policial de 2014, que resultou na apreensão de explosivos sem um mandado adequado, teve suas provas declaradas ilícitas pelo ministro Gilmar Mendes, do STF. Essa determinação, ordenando a exclusão das provas ilícitas, pavimentou o caminho para a recente absolvição.

A decisão dos desembargadores de anular as condenações, reconhecendo a ilegalidade das provas, marca um significativo desdobramento no julgamento dos envolvidos nos protestos.