Goiás tem hoje 24 presídios em condições consideradas péssimas ou ruins, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O CNJ realizou uma análise abrangente, examinando 1.778 prisões em todos os estados brasileiros, incluindo estabelecimentos municipais, estaduais e federais. De acordo com o resultado, 41% das prisões são consideradas regulares, enquanto 25% são classificadas como péssimas e 23% como boas. Além disso, 9% foram classificadas como ruins e apenas 3% como excelentes.
Em Goiás, conforme o Relatório de Estatísticas e Inspeção, existem 19 unidades prisionais em péssimas condições e com superlotamentos, e outras cinco unidades consideradas ruins .
Apesar disso, Goiás está atrás de outros estados com o maior número de prisões classificadas como péssimas, são eles: Pará (86), Minas Gerais (66) e Paraná (37). Rio de Janeiro (19), Minas Gerais (18) e Rio Grande do Sul (18) são os que contam com mais prisões ruins.
Fuga em penitenciária federal
As informações ressurgiram em meio a discussões recentes sobre o estado das carceragens no país, após a primeira fuga registrada em uma penitenciária federal.
A Penitenciária de Mossoró (RN), onde dois presos fugiram na última quarta-feira (14), foi avaliada como boa pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A cadeia de segurança máxima foi inspecionada pelo colegiado no mês passado, tem 81 presos para 208 vagas e conta com 230 agentes penitenciários.
Até o momento, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, permanecem foragidos.
Os fugitivos são originários do Acre e estavam detidos em Mossoró desde setembro de 2023, após participarem de uma rebelião na Penitenciária de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos – ambos têm ligações com o Comando Vermelho.