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Fronteira de Gaza com o Egito é fechada novamente; brasileiros não conseguem atravessar
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Publicado em 10/11/2023

O grupo de brasileiros e familiares autorizados a sair da Faixa de Gaza — zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas desde o dia 7 de outubro — já estão no posto de fronteira de Rafah e esperam para entrar no Egito. A expectativa de saírem, porém, foi frustrada após novo fechamento da fronteira na tarde desta sexta-feira (manhã em Brasília), segundo o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto.

 

Nenhum estrangeiro autorizado a deixar o enclave, incluindo o grupo do Brasil, conseguiu atravessar. Não é a primeira vez que isso acontece. Segundo fontes diplomáticas, enquanto as ambulâncias não passarem com os feridos, os estrangeiros não são autorizados a cruzar a fronteira e há um limite de horário para que essa operação seja realizada.

 

A expectativa inicial era de que o grupo do Brasil, que conta com 34 pessoas, incluindo nacionais e parentes próximos, conseguisse atravessar para o Egito no sábado, após mais de 30 dias de espera, chegando ao país no domingo.

 

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As 34 pessoas haviam sido autorizadas a deixar a região nesta sexta após consecutivos adiamentos, suspensões temporárias e em meio a críticas a Israel por supostamente beneficiar cidadãos de países aliados. Até a quinta-feira à noite, a avó da brasileira Shahed al-Banna, não estava na relação de nomes, inclusão que foi feita nesta sexta-feira.

 

O avião do governo brasileiro foi autorizado a pousar no aeroporto de el-Arish, cidade egípcia a 53 quilômetros de Gaza e a nordeste da capital, Cairo. Assim que conseguirem atravessar a fronteira egípcia, o grupo vai embarcar no voo para o Brasil.

 

A abertura da passagem de Rafah, na fronteira egípcia, teve início na quarta-feira da semana passada, após acordo mediado pelo Catar, com negociações que envolvem o Egito, Hamas e Israel, em coordenação com os Estados Unidos.

 

 

O grupo do Brasil — formado por 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens — saiu da cidade de Gaza no dia 14 de outubro, de ônibus, após o ultimato dado por Israel a todos os que estavam na região norte do país. Antes de reunir-se nesta sexta na fronteira, o grupo do Brasil estava separado entre 18 que estavam em Rafah e 16 em Khan Younis, ambas localizadas no sul de Gaza. Mais de mil brasileiros que estavam em Israel e Cisjordânia foram repatriados desde que o conflito estourou.

 

Até quarta feira, nenhum brasileiro havia sido incluído nas seis listas de pessoas liberadas para cruzar para o Egito pela passagem de Rafah, frustrando as expectativas do governo, que vinha pressionando diariamente as autoridades israelenses pela liberação.

 

Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ligou para o chanceler de Israel, Eli Cohen. Após a conversa, o Itamaraty divulgou, em uma publicação no X (antigo Twitter) que o ministro israelense havia garantido que os brasileiros seriam incluídos na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza que seria divulgada nesta sexta-feira. O telefonema foi o quarto contato entre os dois ministros para tratar do assunto.

 

 

As negociações envolveram também conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os presidentes de Israel, Isaac Herzog; do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi; e da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

 

A passagem de Rafah, que liga o norte de Gaza ao Egito é administrada pelo governo egípcio, mas as movimentações de entrada e saída também passam por autorização israelense. O Hamas, de acordo com Israel, também tem participação na escolha.

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