Pelé é eterno. Já era assim que diretores de cinema retratavam sua vida e obra dentro de campo, com a camisa do Santos e da seleção brasileira. O que o Rei de Futebol fez dentro das quatro linhas ecoa para fora dos gramados. E ainda mais: para além do esporte, superando barreiras de anos e gerações de torcedores que não viram sequer o astro atuar. Nesta segunda-feira, ele completaria 83 anos. Ele morreu no ano passado, vítima de um câncer. Seu legado e seu nome sempre serão lembrados.
No último sábado, por exemplo, foi inaugurado em São Vicente, litoral de São Paulo, um píer em homenagem a Pelé. O evento na Orla do Gonzaguinha esteve lotado. Dentre os símbolos eternizados no local, frases icônicas, a famosa comemoração com soco no ar e o número 10 com uma coroa são os destaques. Estiveram presentes na celebração Edinho, seu filho, além de ídolos do Santos como Pepe, Edu, Mengálvio, Lima, Manoel Maria e Abel, que conheceram Pelé na Vila Belmiro.
O primeiro aniversário de Pelé desde sua morte terá mais comemorações. Torcidas organizadas do Santos prometem fazer uma festa no litoral paulista em homenagem ao ídolo maior. Se em vida Pelé sempre foi lembrado, em morte suas façanhas tendem a se eternizarem. Em Santos, a prefeitura organizou uma programação especial para reverenciar seu nome. Destaque para a reinauguração do icônico bonde e o plantio de árvore em homenagem aos 1.283 gols marcados. O Museu Pelé, que normalmente fica fechado às segundas-feiras, abrirá as portas para receber visitantes com ingresso totalmente gratuito.
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Em agosto deste ano, foi inaugurada a primeira escola do mundo com o nome de Rei Pelé, também em São Vicente, litoral paulista. Para a abertura do local, amigos do eterno camisa 10 marcaram presença, assim como sempre tem sido. Pepe, Edu, Mengálvio, Lima, Manoel Maria e Abel prestigiaram o evento. A estrutura do local conta com diversas ilustrações do astro. Elas servem de exemplo para tantas gerações que sonham com um futuro melhor, dentro e fora de campo.
As homenagens desde a morte do Rei, em dezembro do ano passado, têm sido contínuas. Logo em janeiro, poucos dias depois da perda para o futebol, a prefeitura de Santos organizou um roteiro turístico em memória de Pelé. A Vila Belmiro, palco de tantas exibições memoráveis, é o ponto de partida. O CT Rei Pelé e o Museu Pelé também fazem parte do itinerário, bem como o Monumento ao Camisa 10, situado na Nova Entrada de Santos. Sua memória continua viva, portanto.
O Memorial Necrópole Ecumênica, onde Pelé descansa, não poderia faltar às homenagens. Pelé tem fã no Brasil todo. É o maior cemitério vertical do mundo. Ele está em um mausoléu, no primeiro andar, e a visitação está aberta ao público desde maio. As informações é que mais de 5 mil pessoas estiveram lá desde sua morte. Na entrada, duas estátuas feitas de ouro recepcionam os fãs como um verdadeiro Rei receberia seus súditos. Seu caixão também é dourado. A sala conta com grama sintética e ilustrações da torcida do Santos nas paredes. Pelé repousa direcionado à Vila Belmiro. O local de sepultamento foi escolhido pelo próprio jogador.
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O legado de Pelé
Pelé morreu aos 82 anos, em São Paulo, dia 29 de dezembro de 2022. Ele passou um mês internado no Hospital Israelita Albert Einstein, no bairro do Morumbi. O Rei, durante muito tempo, lutou contra um câncer no cólon e constantemente era internado para avaliação de suas condições. A causa da morte, segundo o hospital, foi falência múltipla de órgãos. Ele esteve com a família nos últimos dias, entre o Natal de 2022 e sua morte dia 29.
O Rei era bastante ativo nas redes sociais e participava com frequência de algumas campanhas. Mas, especialmente, torcia por atletas brasileiros e se posicionava quando necessário. Por exemplo, como quando postou uma foto de Vinícius Junior dançando após mais um episódio de racismo sofrido pelo atacante do Real Madrid. “E nós continuaremos combatendo o racismo todos os dias desta forma: lutando pelo nosso direito de sermos felizes e respeitados. #BailaViniJr”, escreveu Pelé na ocasião. Ele também postou quando o amigo Messi foi campeão do mundo no Catar.
Mesmo após sua morte, uma equipe e familiares continuaram seu legado na internet. Postagens de Pelé são frequentemente feitas como forma de manter seu nome vivo na memória dos fãs e acompanhar assuntos que ele faria se estivesse vivo. Postou foto com Elis Regina, com Senna e uma em que Rodrygo, menino da Vila, olha para sua imagem abraçando uma bola de futebol. De Bia Haddad e Marta, de Neymar e Ronaldo, Pelé era e continua sendo um grande torcedor dos brasileiro e das brasileiras esportistas.
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A herança de Pelé
Em seu testamento, Pelé determinou que 30% de seus bens fossem destinados à mulher Márcia Aoki, que inclui a casa em que morava no Guarujá. O 70% restantes seriam divididos em até nove partes. Cinco filhos de seus casamentos (três de seu primeiro e dois de seu segundo), duas filhas reconhecidas, uma enteada que pediu para ser reconhecida e uma mulher que pediu para ser reconhecida por teste de DNA.