Após os prejuízos financeiros deixados pela plataforma Bybot, muitos investidores que sofreram perdas estão agora se mobilizando para tentar localizar o principal executivo da empresa, Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como Engomadinho do Bitcoin. Além dele, dois membros da equipe estão sendo procurados pelo grupo criminoso carioca Comando Vermelho (CV), que teria investido na compra de moedas virtuais com o objetivo de lavar dinheiro vindo do tráfico de drogas.
Fotos de dois operadores da Bybot que estiveram diretamente envolvidos com a gestão das contas dos clientes antes do desligamento da plataforma começaram a circular em grupos de WhatsApp. Nesses registros, o suposto comunicado do Comando Vermelho oferece uma recompensa de R$ 15 mil por qualquer informação que leve à localização dos membros da Bybot. Em uma das mensagens, o grupo criminoso enfatiza que não deseja a morte dos funcionários da empresa. “Não causem mortes.”
Segundo a coluna ‘Na Mira‘, do Metrópoles, cada vez mais, grandes organizações criminosas estão recorrendo ao universo das moedas digitais para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. A quantidade de criptomoedas usadas em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% em comparação com 2021, chegando a um total de US$ 23,8 bilhões, de acordo com dados divulgados pela empresa especializada em análise de dados do mercado criptográfico, Chainalysis.
O golpe do Engomadinho do Bitcoin
Um tombo gigantesco que se aproxima dos R$ 70 milhões abalou o mercado das criptomoedas. Os responsáveis pela plataforma financeira Bybot, que gerenciava uma vasta quantidade de criptoativos pertencentes a centenas de investidores espalhados pelo Brasil, Estados Unidos e Europa, simplesmente desapareceram. Isso resultou em inúmeras denúncias policiais em São Paulo, mas as vítimas se espalham por diversos estados.
O principal dirigente da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, de 27 anos, deletou todas as redes sociais, encerrou os canais de comunicação e bloqueou os saques na plataforma. Desde a última sexta-feira (25), os investidores não conseguem acessar os fundos depositados em suas carteiras. Antes, ele era uma figura constante na web e costumava fazer lives. Agora, há informações de que o “Engomadinho do Bitcoin” teria fugido para a Ásia.
Gustavo costumava gravar vídeos enfatizando que o empreendimento era “seguro” e plenamente legalizado. A Bybot operava, principalmente, através da prática conhecida como arbitragem de criptoativos, uma técnica bem estabelecida no mercado de ações. Ao empregar esse método, os investidores negociam ativos por preços mais baixos e os oferecem em plataformas que pagam preços mais elevados. A diferença de preço resultante é, então, retida pelo investidor.
