O gerente de manutenção da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Valter Manoel dos Santos, disse que apenas 38% da frota da coleta seletiva está em utilização. Ele foi ouvido pela Comissão Especial de Inquérito (CEI), da Câmara Municipal, que apura possíveis irregularidades na empresa, na quarta-feira (14).
Segundo Santos, 114 veículos estão sob seu comando, mas apenas 44 da frota está rodando. Ele afirmou que diariamente acontecem de 10 a 12 quebras de veículos por turno. O restante está parado para reparos e muitos não têm mais condições de reaproveitamento para o serviço de coleta.
“Estão rodando 44 caminhões. Eu parto daquele princípio que caminhão parado é prejuízo dobrado. Entendo que todos podem ser recuperados, mas, naquela função de coleta de lixo, não têm mais condições. Para mantê-lo, o gasto é maior”, disse.
Ao ser indagado sobre o motivo da demora para manutenção dos caminhões da Comurg, ele disse não ter a informação. “A maior parte das quebras é da caixa automática, que é peça importada. Além disso, a mão de obra é terceirizada, e é difícil de ser encontrada”, ressaltou o gerente.
Para o vice presidente da comissão, vereador Welton Lemos (Podemos), o depoimento comprova os problemas de gestão da Comurg. Segundo ele, a companhia de Urbanização precisa de um plano de manutenção adequado.
“Ficou mais nítido que estamos no fio da navalha. Ou seja, limite do limite. Temos 44 caminhões rodando, e 30 por dia precisa de manutenção. Se continuar como está, Goiânia vai parar. Se não houver uma manutenção e cronograma adequados, a Comurg vai ter um problema sério”, avalia o vereador.