O Brasil atravessa situação fiscal “delicada e preocupante”, mas está diante de novas oportunidades de negócios que manterão a economia nacional relevante e estratégica no mundo nos próximos anos. O quadro foi pintado pelo economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, nesta terça-feira (16) em Goiânia, durante palestra no lançamento da 1ª Expo Fecomércio Goiás, que
“O campo fiscal é onde está o risco de fracasso do governo Luiz Inácio Lula da Silva”, explicou ele. Segundo Mailson, o governo federal tem o “desafio de tornar crível o arcabouço fiscal e evitar sua piora pelo Congresso Nacional”.
Ele alertou para o que chamou de “distanciamento maior” de Lula em relação ao mercado, numa comparação com os dois mandatos anteriores (2003-2010). E criticou os ataques ao Banco Central e ao presidente Roberto Campos Neto.
Ele projetou que a taxa básica de juros da economia (Selic) fique em torno de 10,5% no ano que vem, baixando para 9,5% no terceiro e no quarto anos do governo Lula 3.
“A democracia está consolidada, passou pelo teste do golpe, nosso Judiciário é independente, a imprensa é livre e competitiva, o Banco Central é independente, os eleitores com menor renda não aceitam mais inflação alta”, disse o economista. “Por tudo isso, ainda dá para continuar acreditando que o Brasil tem futuro”, concluiu.
João Bosco Bittencourt
Goiânia, GO