A Presidência da República anunciou, nesta terça-feira (12), que, dos 261 móveis do Palácio da Alvorada dados como desaparecidos no início do ano, 83 ainda não foram localizados. Na primeira semana de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja abriu as portas do palácio e mostrou infiltrações, janelas quebradas e casos de má-conservação do patrimônio presidencial resultantes do governo anterior [veja fotos]. Entre os problemas identificados pela nova gestão, estava também o desaparecimento de algumas peça do mobiliário.
Por conta dos danos identificados no palácio, a mudança de Lula e Janja para o Palácio da Alvorada aconteceu apenas em meados de fevereiro. O estado da residência presidencial foi a justificativa apresentada pela Secretária de Comunicação para uma série de compras feitas pelo novo governo para o local.
“A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”, afirmou a Secom por meio de nota.
“Se o Palácio não tivesse sido encontrado nas condições em que foi, não teria sido necessário efetuar a compra de móveis”, concluiu o órgão.
O governo federal gastou R$ 196.770 com apenas seis peças de móveis para a decoração da suíte presidencial do palácio do Alvorada. Parte das compras — uma cama, dois sofás e duas poltronas — foram feitas em uma loja de decoração em Brasília, com um colchão “king size” sendo adquirido em outra loja.
Os itens mais caros são o sofá, que possui um mecanismo para reclinar cabeça e pés, por R$ 65.140, e a cama, por R$ 42.230, com ambas as peças sendo revestidas em couro italiano 100% natural com tratamento exclusivo para evitar ressecamento.