O confronto pelo terceiro lugar em Copas do Mundo sempre provocou a discussão da sua real necessidade, uma vez que as seleções que o disputam vêm de derrotas nas semifinais e, muitas vezes, os jogadores vão a campo sem o ânimo habitual. Mas o duelo entre Marrocos e Croácia, às 12h (de Brasília) deste sábado (17), no Qatar, deve ser diferente.
Como será o jogo?
As duas nações chegam à partida com motivos de sobra para darem às torcidas um grande espetáculo no estádio Khalifa Internacional, em Doha.
Do lado croata, o grande incentivo é proporcionar ao meia e capitão Luka Modric a oportunidade de encerrar sua última Copa novamente no pódio, após o vice-campeonato no Mundial da Rússia, em 2018.
Aos 37 anos, o craque, eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 2018, ainda não anunciou se vai se aposentar da seleção, mas o seu treinador, Zlatko Dalic, espera convencê-lo a continuar até a Eurocopa de 2024, na Alemanha.
“Espero que ele esteja lá. Eu realmente acho que ele estará presente. Luka vai decidir por si mesmo, dependendo de onde ele estiver no futebol, na seleção. Claro, é uma decisão apenas dele”, disse Dalic, um dia depois da derrota para a Argentina nas semifinais, na quarta-feira (14).
“Será uma pena para todos os torcedores do mundo se Luka disser adeus à seleção. Ele exibiu um futebol tão bom e mostrou que é um profissional de ponta. É difícil para ele. e para mim também, se ele decidir não continuar”, acrescentou.
A vontade demonstrada por Modric ao longo do Mundial também é encarada pelo treinador marroquino, Walid Regragui, como um dos obstáculos para sua equipe ficar em terceiro no Qatar.
“Tiro o chapéu para Modric. O que ele está fazendo aos 37 anos é monumental. Ele foi o vencedor da Bola de Ouro e eu entendo perfeitamente o porquê”, disse o comandante. “Não sei se é o último jogo de Modric, ele é um guerreiro competitivo e vai querer terminar sua Copa do Mundo em grande estilo. Quando ele quer terminar em grande estilo, devemos ser cautelosos”, finalizou.
Já com um resultado histórico, por ser o primeiro país africano e falante de árabe a chegar às semifinais da Copa do Mundo, Marrocos também demonstra muita fome para vencer o último duelo e terminar na terceira colocação.
Regragui afirma que ele e seus jogadores gostariam de disputar o histórico sétimo jogo em Mundiais no domingo, na decisão, mas reconhece que terminar em terceiro também é muito importante para o futebol do país, o que deixaria os fãs orgulhosos.
“O Marrocos disputou seis partidas da Copa do Mundo em 20 anos e agora jogamos seis partidas em um mês, isso não tem preço. É como se tivéssemos jogado duas Copas do Mundo ou até mais, isso é lindo do ponto de vista da experiência”, destacou o treinador.