O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que os aliados fizeram de tudo para evitar a crise na Ucrânia, mas que ela chegou. “Estamos prontos”, afirmou em pronunciamento aos franceses.
O mandatário se reuniu com Vladimir Putin neste mês para tentar viabilizar uma solução que evitasse o conflito, aproveitando sua proximidade com o presidente russo. As iniciativas diplomáticas ocidentais, no entanto, acabaram sem sucesso.
“Ao escolher a guerra, a Rússia não atacou apenas a Ucrânia”, disse o francês. “Decidiu realizar o mais grave ataque à paz e à estabilidade de nossa Europa em décadas.”
Além de colocar que a França se mantém ao lado da Ucrânia -“sua liberdade é a nossa”-, Macron prometeu que “esse ato de guerra” será respondido “sem fraqueza, com sangue frio, determinação e unidade”.
Também garantiu que as sanções serão à altura das ações, tanto no contexto militar quanto econômico, assim como na questão da energia -algo que vinha sendo evitado devido aos laços dos europeus com os russos nesse sentido.
“Haverá consequências duráveis, profundas em nossa vida, na geopolítica do nosso país”, avaliou, no fim. “Estaremos juntos para responder.”
Fuga na Ucrânia tem trânsito, filas no mercado e em caixas eletrônicos
Horas após o presidente russo Vladimir Putin autorizar uma invasão na Ucrânia, milhares de moradores começaram a deixar a capital Kiev. Longas filas de carros foram registradas na manhã desta quinta (24) em estradas, supermercados, postos de gasolina e também em caixas eletrônicos.
Durante a manhã, as primeiras sirenes de alerta tocaram por vários minutos nos alto-falantes da capital. Naquela madrugada, por volta das 4h30, explosões rasgaram o céu de Kiev pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.