Um homem de 41 anos está preso suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 9, em Mozarlândia. O suspeito é marido da avó materna da criança e , segundo a Polícia Civil, outra tentativa de abuso já havia acontecido quando menino tinha apenas 4 anos de idade. A prisão do suspeito aconteceu nesta quarta (19), depois que a vítima contou sobre os estupros para a avó paterna.
De acordo com o delegado Ricardo Barros, responsável pelo caso, o marido da avó já está na família há 12 anos e acompanhou todo o processo de gestação e nascimento da criança.
Quando a vítima tinha apenas 4 anos, relatou aos pais que o homem lhe obrigou a pegar no pênis dele. A família teve dúvida se acreditava mesmo na criança, mas mesmo assim o afastou da casa da avó materna.
Depois de cinco anos, já em 2021, os pais resolveram autorizar que a criança frequentasse a casa novamente. Nessa época o garoto revelou novos abusos à avó paterna. A mulher então revelou o caso aos pais, que só então decidiram denunciar o crime.
O laudo médico não detectou nenhum abuso por penetração. Segundo a Polícia Civil, os estupros teriam ocorrido por fricção.
Marido da avó nega que tenha cometido crime
Segundo o delegado, a princípio, não há outras vítimas. O suspeito nega que tenha cometido o crime e alega que foi acordado, algumas vezes pela vítima, e que foi a criança quem pegou genitália dele por vontade própria.
Levando em consideração a gravidade dos fatos, do parentesco entre os envolvidos, bem como a possibilidade de outros abusos terem acontecido no passado, a polícia prendeu o sujeito de maneira preventiva.
Os agentes civis conduziram o suspeito ao presídio de Mozarlândia, onde permanecerá à disposição da justiça. Ele deve responder por Estupro de Vulnerável, conforme o artigo 217-A do Código Penal.
Estupros no Brasil
Situações em que crianças são estupradas por familiares ou conhecidos não são incomuns. Levantamento do Ipea mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes. Além disso, 24,1% dos agressores eram os próprios pais ou padrastos e 32,2% amigos ou conhecidos da vítima.
