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PIB caiu em razão do clima, diz ministério de Guedes
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Publicado em 03/12/2021

O Ministério da Economia afirmou nesta quinta-feira (2), em nota que analisa a queda do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre, que fatores climáticos adversos da natureza tiveram impacto no desempenho da atividade.

 

“É fundamental distinguir o que é política econômica de fatores climáticos adversos e pontuais da natureza”, afirma a SPE (Secretaria de Política Econômica) do ministério. “A maior crise hídrica em 90 anos de história e a ocorrência de severas geadas tiveram impacto tanto em setores intensivos em energia como em setores que dependem do clima, como agricultura”, diz.

 

De acordo com a secretaria, houve forte elevação dos custos de produção como adubos, fertilizantes e defensivos, o que também afetou os números da agropecuária.

 

O agronegócio mostrou queda de 8% contra o trimestre imediatamente anterior. Caso o campo tivesse variação zero, diz a SPE, o PIB cresceria ao menos 0,3% no período.

No total, a economia brasileira recuou 0,1% no terceiro trimestre de 2021, frente aos três meses imediatamente anteriores, mostram dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira (2º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Por outro lado, a SPE destaca que há recuperação do setor de serviços, que cresceu 1,1% no período, “condizente com a melhora no mercado de trabalho e aumento da mobilidade”.

“Pelo lado da demanda, há elevação da absorção interna, puxada principalmente pelo maior crescimento do consumo das famílias desde o final do ano passado”, afirma.

 

A secretaria afirma haver uma forte recuperação do mercado de trabalho e citou dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que aponta criação de 1,2 milhão de postos de trabalho por mês. A SPE aponta ainda que a taxa de poupança, que chegou a 18,6% do PIB no trimestre, retornou ao nível de 2014.

 

“Os indicadores coincidentes e o carregamento estatístico mostram que a atividade continuará crescendo a taxas elevadas no final do ano”, afirma a SPE.

FolhaPress

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