Moradores de Abadiânia levam uma terça-feira (30) normal em meio ao 2º dia de buscas pelo matador de Corumbá de Goiás. A reportagem do Mais Goiás, que está na cidade onde o trabalho da Polícia está concentrado, encontrou um clima tranquilo, com a população seguindo com as atividades cotidianas. Mais de 50 policiais procuram por Wanderson Mota Protacio suspeito de matar a esposa grávida, a enteada de 1 ano e 8 meses e um fazendeiro.
Em Abadiânia, a população local transita na cidade normalmente. Mais cedo, um ônibus escolar levava estudantes para o colégio; pessoas saíam de suas casas para o trabalho e outros populares transitavam pelo município.
O clima é de tranquilidade, mas os moradores seguem apreensivos pela prisão do suspeito. Enquanto a Polícia tenta traçar estratégias para capturar o suspeito, as pessoas continuam com as atividades do dia-a-dia.
Caso matador de Corumbá: situação na zona rural de Abadiânia
O clima de ‘tranquilidade’ encontrado na cidade é diferente na zona rural de Abadiânia. Na segunda-feira (29), o Mais Goiás mostrou que fazendeiros mudaram a rotina por medo de Wanderson Mota, que pode estar escondido na região de mata do município.
Uma dessas pessoas é o produtor rural Welington Fernandes de Godói. “Todo mundo vai dormir na cidade”, disse ele. “Caboclo perigoso. Ficamos com medo, apreensão. Um homem que matou uma esposa grávida, uma criança…”
Segundo o autônomo, o homem teria tentado furtar uma caminhonete na região – a polícia ainda não confirmou essa informação. Ele não informou o número de familiares que irá para a cidade.
Quem também não vai ficar na zona rural é o motorista de caminhão, Luzimar Gomes do Santos. “Um sujeito que fez o que fez, não tem escrúpulo nenhum”, declara o condutor, que possui uma propriedade.
Segundo ele, o irmão, que também mora em uma chácara na região, irá para a cidade. “A gente fica inseguro. Estamos afastados, vulneráveis.”
Entenda os crimes de Wanderson
Wanderson Mota Protácio é suspeito de assassinar três pessoas na zona rural de Corumbá de Goiás. O crime aconteceu na noite de domingo (28).
As vítimas foram uma criança de 1 ano e 8 meses, enteada do suposto autor; a companheira do homem, Ranielle Aranha, que estava grávida; e o dono de uma propriedade vizinha, Roberto Clemente de Matos. As duas mulheres foram degoladas e o homem baleado na cabeça.
A mulher do produtor rural, única sobrevivente, foi baleada no ombro e denunciou os crimes. Segundo ela, o suspeito bebeu um copo de refrigerante antes de balear o marido dela. Depois, ele teria tentado estupra-a, mas ela conseguiu correr. Na fuga, ela foi atingida por um disparo no ombro.
Ainda segundo a proprietária rural, ela só sobreviveu porque se fingiu de morta até que o suspeito fugisse do local. Mesmo ferida, ela caminhou até uma fazenda vizinha, onde conseguiu chamar por socorro. Wanderson, segundo ela, era conhecido da família.