A Justiça acolheu demanda do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e bloqueou, liminarmente, os bens do ex-prefeito de Barro Alto, Antônio Luciano Batista Lucena, e outras três pessoas por improbidade administrativa. O montante soma R$ 744.704,79 e a decisão ocorreu antes da sanção presidencial à Lei nº 14.230/2021, que alterou a Lei de Improbidade Administrativa.
Segundo o MP-GO, eles se envolveram no aluguel de um imóvel particular para a prefeitura, que teve assinatura sem licitação, avaliação e contraprestação do serviço. O órgão apontou, ainda, que o ex-prefeito e Igor Cezanne Gonçalves Lacerda, suposto dono do espaço locado conhecido como Clube do Gato, tiveram bens bloqueados em R$ 248.134,96.
Já duas ex-secretária de Educação, Adriana Araújo de Aragão e Circe Olímpio Moreira Lopes, tiveram, respectivamente, R$ 54.996,01 e R$ 193.138,86 de bens colocados como indisponíveis.
Detalhes do caso
Segundo o promotor Tommaso Leonardi, a prefeitura alugou o Clube do Gato, entre 2017 e 2020. O local estava no nome de Igor Cezanne, mas, na prática, era do pai dele, o ex-secretário de Saúde, Antônio Lacerda da Silva.
O promotor disse, nos autos, que a finalidade do imóvel era abrigar atividades esportivas dos alunos da rede municipal de ensino, mas isso nunca aconteceu. Desta forma, se configurou a improbidade, segundo o MP, porque a negociação ocorreu sem o processo licitatório e avaliação prévia do imóvel, além da ocorrência de fraude no contrato com pagamento de valores sem contraprestação.
O portal tenta contato com a defesa do ex-prefeito e dos demais. Os advogados não constam no processo, uma vez que a decisão foi liminar e, só então, os quatro foram citados. O espaço segue aberto.