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Lula anuncia investimento de US$ 1 bi no fundo Florestas Tropicais Para Sempre
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 24/09/2025 13:23
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça (23), em Nova York, um aporte de US$ 1 bilhão do Brasil no Tropical Forest Forever Facility (TFFF). A promessa foi feita durante a apresentação do instrumento, organizada pelo governo brasileiro em parceria com o secretariado da ONU. Lula disse esperar “contribuições igualmente ambiciosas” de parceiros para que o fundo seja formalmente lançado na COP30, em novembro, em Belém (PA).

 

Segundo o Planalto, o TFFF busca remunerar, com incentivos econômicos, países que mantêm florestas tropicais em pé. A arquitetura foi discutida com o Banco Mundial e em consultas à sociedade civil, povos indígenas e comunidades locais. “O TFFF é um mecanismo para preservar a própria vida na Terra”, afirmou Lula, ao citar serviços ecossistêmicos das florestas, como regulação do clima e proteção de recursos hídricos.

 

 

A proposta prevê, até a COP30, angariar US$ 25 bilhões em capital júnior de países, a fim de atrair capital sênior privado e chegar a uma capacidade de US$ 125 bilhões para conservação. Os dividendos seriam distribuídos anualmente entre investidores e países que comprovarem a manutenção de seus biomas. “Espera-se uma remuneração média por hectare preservado ao ano”, disse Karen Oliveira, da The Nature Conservancy Brasil e da Coalizão Brasil.

 

Na avaliação de Gustavo Souza, da Conservação Internacional (CI-Brasil), numa escala regional os aportes poderiam representar cerca de US$ 2 bilhões por ano para a Amazônia, reduzindo o gap de financiamento estimado em US$ 7 bilhões anuais. “Com o TFFF, esses valores podem triplicar o investimento, dando fôlego para manejo e proteção de longo prazo”, afirmou.

 

Idealizado pelo governo brasileiro e anunciado em 2023, durante a COP28, o TFFF já reúne apoio de cinco países com florestas tropicais (Colômbia, Gana, República Democrática do Congo, Indonésia e Malásia) e tem como potenciais investidores Alemanha, Emirados Árabes Unidos, França, Noruega e Reino Unido. Com o Brasil “saindo na frente”, interlocutores veem maior probabilidade de compromissos adicionais até novembro.

 

 

O governo não detalhou ainda governança, critérios de medição e verificação independentes nem o cronograma de desembolsos. A expectativa é fechar esses pontos nas próximas rodadas técnicas antes da COP30.

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