
O governo de Donald Trump prepara um novo conjunto de punições a autoridades brasileiras, com foco em integrantes da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio da perda de vistos de entrada nos Estados Unidos. Em paralelo, a Casa Branca passou a discutir a aplicação da Lei Magnitsky a outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de Alexandre de Moraes — já sancionado, assim como a esposa, Viviane Barci de Moraes.
Segundo as discussões em curso, a ampliação via Magnitsky tende a seguir um rito mais longo, de meses, até eventual oficialização. Já a revogação de vistos de delegados da PF e de servidores do Ministério Público Federal deve ser anunciada nas próximas semanas.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, já foi alvo de cancelamento de visto. Mesmo com dupla cidadania, ele não pode recorrer a passaporte português para ingressar em território americano.
O novo pacote mira autoridades que, na avaliação de Washington, atuaram em investigações que levaram à derrubada de perfis em redes sociais e avançaram sobre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado recentemente a 27 anos de prisão por golpe de Estado e outros quatro crimes. Entre os nomes em debate estão o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o delegado Fabio Shor, que conduziu inquéritos envolvendo militantes e políticos de direita.
Nesta segunda (22/9), os EUA já haviam revogado o visto de sete autoridades brasileiras, entre elas o advogado-geral da União, Jorge Messias.
