Suellen Hayanne, mais conhecida como “Trans de Direita”, movimentou o cenário político ao anunciar sua pré-candidatura a vereadora em Rio Claro (SP). Com mais de 280 mil seguidores em sua conta no Instagram, Suellen defende valores como a família, posiciona-se contra a ideologia de gênero, a favor da proteção das crianças e critica o movimento LGBTQIA+.

A influenciadora digital, que ganhou ainda mais notoriedade após uma ligação de vídeo recebida do ex-presidente Jair Bolsonaro — um gesto que derrubou as acusações de homofobia contra o ex-mandatário—, recebeu outra ligação dele recentemente, reforçando seu status no espectro político direitista.

Durante a grande manifestação na Avenida Paulista em 25 de fevereiro, Suellen, ao lado de influenciadores de pensamento conservador e capitalista, relatou ter recebido respeito e carinho, sem enfrentar preconceito. Essa experiência contradiz as críticas que ela frequentemente recebe ao movimento LGBTQIA+.

Desde 2017, quando começou a se destacar por suas opiniões políticas, Suellen descreve um caminho marcado por desafios, especialmente de partes da comunidade LGBTQIA+, a qual, paradoxalmente, sofreu ataques LGBTfóbicos. “Desde então começaram os ataques da militância LGBT+, onde me perseguiam, xingavam, ofendiam minha própria pessoa”, compartilha a influenciadora, destacando a ironia dessa situação.

A falta de apoio da comunidade LGBTQIA+, combinada com o que Suellen chama de “hipocrisia” do movimento, foram cruciais para sua identificação com a direita política. “Quando eu não tinha lado político, eu precisei de ajuda e a comunidade LGBT nunca fez questão. Desde então, esse foi um dos motivos que me fez ser de direita”, explica.

A trajetória de Suellen Hayanne desafia as narrativas convencionais, apresentando uma figura que transita entre identidades e crenças políticas, provando que o espectro político é mais diverso e complexo do que os estereótipos sugerem.