No início da manhã deste domingo (24), a Polícia Federal, com o apoio da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu três suspeitos de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora de Marielle. A operação, batizada de Murder Inc., deflagrada nas primeiras horas de hoje, focou em suspeitos diretamente ligados à política e à segurança pública do Rio de Janeiro: o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

A operação cumpriu 15 mandados entre prisões preventivas e buscas e apreensões, escancarando a complexidade da rede de influências e poder no no caso. Chiquinho e Domingos Brazão possuem base eleitoral fica em Jacarepaguá, região sob influência da milícia.

Chiquinho passou doze anos como vereador pelo MDB e reeleições para a Câmara dos Deputados, sempre negou envolvimento no crime, contradizendo com a delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle. Por outro lado, Domingos Brazão surgiu como suspeito através de um depoimento alarmante de Orlando Curicica, miliciano, à Polícia Federal.